Número de ovaríolos e aspectos da dinâmica de Maturação ovariana de tetrastichus giffardianus Silvestre, 1951 (hymenoptera: eulophidae) parasitoide de ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (diptera: tephritidae), em função de diferentes recursos alimentares

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2022-03-31
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Resumo

Tetrastichus giffardianus Silvestri (Hymenoptera: Eulophidae) é um agente de biocontrole de Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae). Apesar da importância desse parasitoide no controle biológico de C. capitata, pouco se conhece sobre a estrutura dos ovários e a maturação dos ovos em fêmeas de T. giffardianus. Portanto, os principais objetivos deste trabalho foram: conhecer o número de ovaríolos das fêmeas de T. giffardianus; avaliar a influência de diferentes recursos alimentares (carboidratos) e idade das fêmeas, na dinâmica da maturação ovariana desse parasitoide. As fontes de alimento testadas foram: Tratamento1 - água destilada (sem alimentação); Tratamento 2 - mel a uma concentração de 50%; Tratamento3 - mel a 100%; Tratamento 4 – 40% mel + 40% água + 20% pólen; Tratamento 5 – 50% mel + 40% suco de goiaba + 10% pólen. Em cada tratamento, foram dissecadas seis fêmeas por dia, nas idades de 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 15 dias. Tetrastichus giffardianus possui um par de ovários com seis ovaríolos por ovário, seu índice de ovigenia é de 0,13, visto que as fêmeas emergem com uma média de 7,2 ovos maduros. A dinâmica de maturação ovariana variou de acordo com o tipo de dieta ofertadas e a idade das fêmeas de T. giffardianus. No primeiro dia, as fêmeas alimentadas com mel puro (T3) apresentaram significativamente a maior média de ovos maduros (52,7 ± 8,4) em comparação ao controle (T1) (30,5 ± 5,8). As fêmeas alimentadas com mel + suco de goiaba + pólen atingiram o pico de maturação de óvulos (57,33 ± 4,6) no terceiro dia de vida. Tanto a dieta contendo mel + suco de goiaba + pólen quanto a dieta à base de mel + água + pólen proporcionaram estabilidade na carga de ovos entre os dias 10 e 15. A dieta com mel a 50% apresentou médias de maturação dos ovos inferiores aos demais tratamentos, não diferindo estatisticamente do tratamento controle. Entre o sétimo e o décimo dia, a maturação dos ovosse manteve constante, não havendo nenhuma diferença entre as dietas testadas. Em fêmeas com acesso apenas à água (T1), o maior número médio de ovos maduros (41,2 ± 4,2) foi alcançado no quinto dia de idade. Nas dietas com mel a 50 e 100%, o número de óvulos se manteve constante do primeiro ao décimo dia, com diminuição significativa na produção de ovos ocorrendo no décimo quinto dia. Nossos resultados mostram que a idade materna influenciou a dinâmica de maturação dos ovos, ocorrendo aumento durante a fase inicial da vida adulta e diminuição com envelhecimento da fêmea. Assim, para obter a máxima fecundidade de fêmeas jovens de T. giffardianus é fundamental o fornecimento dietas contendo mel puro e/ou pólen em relação à água ou suco de goiaba


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