Mestrado em Ambiente, Tecnologia e Sociedade

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    Glyphosate como possível agente de seleção de espécies do cerrado e da caatinga brasileira: avaliando a sensibilidade das espécies a duas vias de contaminação
    (2020-06-19) Borges, Maiara Pinheiro da Silva; Silva, Daniel Valadão; Santos, José Barbosa do; Silva, Daniel Valadão; Santos, José Barbosa do; Santos, José Barbosa do; Souza, Matheus de Freitas; Trezzi, Michelangelo Muzell
    O glyphosate é um herbicida não seletivo utilizado para o controle de plantas daninhas em áreas agrícolas e não agrícolas. O uso extensivo do glyphosate no sistema de plantio direto e em culturas geneticamente modificadas fez do herbicida o pesticida mais utilizado no país. No entanto, o uso inadequado desse herbicida pode causar vários problemas de caráter ambiental, tais como a intoxicação em algumas culturas sensíveis, morte da fauna edáfica, contaminação do solo, das águas superficiais e subterrâneas, além de causar danos à mata nativa. Neste trabalho foi avaliado o efeito do uso do glyphosate sobre espécies nativas e não nativas comuns em áreas de Caatinga e Cerrado. Dois experimentos foram realizados, sendo o primeiro constituído da simulação de deriva de glyphosate e o segundo na simulação da contaminação de águas subsuperficiais por glyphosate. As espécies nativas apresentaram tolerância diferencial ao glyphosate. A B. cheilantha, E. contortisiliquum, M. caesalpiniifolia M. tenuiflora e T. aurea são mais afetadas pela exposição à deriva simulada de glyphosate. O crescimento de folhas é mais sensível a exposição por deriva simulada de glyphosate para a maioria das espécies. A H. courbaril é uma exceção, com maior sensibilidade para o crescimento radicular. A B. cheilantha é a espécies mais sensível a exposição por deriva, porém, demostrou completa tolerância a contaminação de glyphosate na água subsuperficial. Outras espécies como A. macrocarpa, M. caesalpiniifolia e T. aurea também são sensíveis à deriva, porém tolerantes a contaminação por água subsuperficial. A tolerância diferencial das arbóreas as vias de contaminação por deriva e água subsuperficial confirma o potencial do glyphosate como agente de seleção de espécies nos biomas caatinga e cerrado
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    Manejo ambiental para o controle vetorial da leishmaniose visceral em áreas endêmicas do município de Mossoró, Rio Grande do Norte
    (2020-11-30) Oliveira, Suzane da Paz de; Amora, Sthenia dos Santos Albano; Coelho, Wesley Adson Costa; Amora, Sthenia dos Santos Albano; Coelho, Wesley Adson Costa; Costa, Kalidia Felipe de Lima; Figueiredo, Fabiano Borges; Andrade, Andrey José de
    A Leishmaniose Visceral (LV) é uma zoonose de importância em saúde pública, cuja transmissão ocorre por meio da picada de flebotomíneos fêmeas, sendo a espécie Lutzomyia longipalpis o principal vetor da LV nas Américas. Conhecer os fatores de risco e as atividades de manejo ambiental são medidas que irão diminuir a frequência do vetor nas áreas de risco. Dessa forma, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar a interferência do manejo ambiental na transmissão vetorial de LV em áreas endêmicas. Duas áreas foram selecionadas para a avaliação do efeito do manejo ambiental, uma onde houve o manejo ambiental denominada área intervenção e a área que não houve atividade de manejo ambiental, área controle. Em cada área foram utilizadas armadilhas luminosas para coleta dos flebotomíneos. A detectação da infecção de flebotomíneos por Leishmania infantum foi realizada por qPCR utilizando o kit comercial DNeasy® Blood & Tissue (Qiagen®, Hilden, Alemanha) para a extração do DNA. Os dados foram analisados pelo programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences e o teste de correlação de Spearman para identificar a correlação entre as variáveis. Foram capturados 768 flebotomíneos, e em seguida foi realizada a identificação morfológica dos flebotomíneos, as espécies encontradas foram L. longipalpis (751), Lutzomyia evandroi (11), Lutzomyia trinidadensis (03) e Lutzomyia sallesi (03). Houve correlação positiva (p<0,05) entre as variáveis temperatura interna e externa e umidade interna e externa, e correlação positiva entre número total de flebotomíneos no peridomicílio e o número de machos e fêmeas no intra e peridomicílio. O resultado da qPCR demonstrou que a área controle teve maior número de pools (16) e destes, sete foram positivos para infecção por L. infantum. Já a área intervenção teve três pools e todos foram positivos. Os resultados da aplicação do manejo ambiental demonstram que a espécie L. longipalpis continua predominante na região, e que o manejo ambiental diminui a frequência de captura de flebotomíneos, contribuindo para o controle da população de flebotomíneos. Ainda que no primeiro ano de atividades o manejo ambiental não contribua significativamente para a redução da taxa de infecção de flebotomíneos por L. infantum, a longo prazo, a redução da população desses vetores em número, consequentemente levará a uma redução da sua taxa de infecção
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    Extrato pirolenhoso de jurema preta e eucalipto como antissépticos alternativos no pós-dipping de cabras leiteiras
    (2020-09-25) Soares, Waleska Nayane Costa; Feijó, Francisco Marlon Carneiro; Pimenta, Alexandre Santos; Feijó, Francisco Marlon Carneiro; Pimenta, Alexandre Santos; Pimenta, Alexandre Santos; Alves, Nilza Dutra; Medeiros, Mário Luan Silva de
    O extrato pirolenhoso (EP) de plantas possui ampla utilização na agricultura como, adubo, contra patógenos e potencializador de produtos fitossanitários, possuindo ação contra bactérias, fungos e vírus. Assim, investigou-se o potencial antimicrobiano dos EP’s de Mimosa tenuiflora e Eucalyptus urograndis como antisséptico nos tetos de cabras leiteiras. Foi realizado a extração dos EP’s de M. tenuiflora e E. urograndis com posterior bidestilação. A técnica de disco-difusão foi realizada para a Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa e Escherichia coli para ação antimicrobiana in vitro. Os principais resultados incluem susceptibilidade de todas as bactérias testadas com 20% dos EP’s diluídos em água destilada, com ênfase em S. aureus que mostrou inibição na concentração de 15% em ambos extratos. As concentrações dos extratos definidas nos testes in vitro foram utilizadas para análise citotóxica em células (células epiteliais e fibroblastos) obtidas da superfície externa de tetos de cabra. O EP de E. urograndis diminuiu a atividade metabólicas das células, enquanto que EP de M. tenuiflora mostrou-se similar ao convencional iodo a 2%. No teste in vivo foram coletadas amostras da superfície dos tetos de cabras para análise de Contagem Padrão em Placas (CPP). Foi realizado delineamento inteiramente casualizado, ocorrendo em duas etapas, na primeira com o uso de EP de M. tenuiflora e na segunda com EP de E. urograndis, divididos em três grupos de 5 animais. O primeiro grupo com o antisséptico teste, o segundo controle positivo (Iodo 2%) e o terceiro controle negativo (água destilada estéril), aplicados durante 28 dias consecutivos com coletas a cada 7 dias, totalizando 4 coletas. Nos resultados obtidos ambos EP’s mostraram diminuição da contagem microbiana, com destaque para EP de M. tenuiflora que apresentou menor número de colônias bacterianas do que EP de E. urograndis. Foram realizadas análises físico-químicas lactose, gordura, sólidos não gordurosos, proteína, ponto de congelamento, pH e condutividade elétrica do leite das cabras do experimento. Em relação as análises físico-químicas ambos EP’s não interferiram nesses parâmetros. Portanto, conclui-se que o EP de M. tenuiflora a 20% pode ser usado como antisséptico no pós-dipping de cabras leiteiras, e que mais estudos toxicológicos precisam ser realizados para comprovar o uso seguro do EP de E. urograndis
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    Percepção da comunidade no processo participativo de criação e gestão da área de proteção ambiental Dunas do Rosado - RN
    (2022-01-31) Faustino, Samantha Joyce Bezerra; Morais, Elis Regina Costa de; Carvalho, Rodrigo Guimarães de; Morais, Elis Regina Costa de; Carvalho, Rodrigo Guimarães de; Coelho, Daniela da Costa Leite; Ibiapina, Juliana da Silva
    A criação de áreas protegidas surge na perspectiva de amenizar os impactos decorrentes das ações antrópicas. O desequilíbrio resultante dessas ações causou e vem causando a escassez da biodiversidade e, consequentemente, uma série de crises ambientais, culturais e econômicas. No Brasil, a criação desses espaços ganha força com a promulgação da LEI Nº 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000, que regulamenta e institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC. Esse sistema foi criado com o intuito de estabelecer critérios e normas para a criação, implantação e gestão das Unidades de Conservação a nível federal, distrital, estadual e municipal. Objetivando uma organização sistemática e um melhor direcionamento da gestão e manejo dessas áreas, que apresentam características distintas, categorias são estabelecidas em dois grandes grupos: unidades de proteção integral e unidades de uso sustentável. O Brasil, de acordo com os últimos dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBIO, possui 2544 Unidades de Conservação, o que corresponde a 2.555.433,35 km², o equivalente a 255.543.335 ha, distribuídas em todas as categorias dentre as esferas federal, estadual e municipal. Já o estado brasileiro do Rio Grande do Norte possui 25 (vinte e cinco) Unidades de Conservação entre federais, estaduais, municipais e particulares. Destas, 16 (dezesseis) são de uso sustentável e 9 (nove) de proteção integral. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo analisar o processo de participação social na criação e gestão de unidades de conservação, em especial, na Área de Proteção Ambiental Dunas do Rosado (APADR). A pesquisa foi realizada nesta área protegida, que se localiza entre os municípios de Areia Branca e Porto do Mangue, no litoral setentrional do Estado do Rio Grande do Norte. O conteúdo desta pesquisa é constituído por uma Introdução geral, Fundamentação teórica, e por 2 (dois) capítulos com os seguintes títulos: Capítulo 01 - Participação Social nos Processos de Criação e Gestão: Um Resgate Histórico da Área de Proteção Ambiental Dunas do Rosado - RN, Brasil; Capítulo 02 - Evolução do Uso e Ocupação do Solo por Empreendimentos Eólicos e Solares no Entorno da Área de Proteção Ambiental Dunas do Rosado - RN, Brasil. As técnicas utilizadas no capítulo 01 foram a realização de entrevistas semiestruturadas com os líderes comunitários das comunidades contidas no perímetro da APADR, e coleta de dados secundários através de conversas com o gestor da Área de Proteção Ambiental, historiadores e jornalistas. Já no Capítulo 2 buscou-se, através de imagens de satélite, identificar as mudanças ocorridas na região no período de 2005 a 2021, perfazendo uma série temporal das modificações no uso e ocupação do solo por empreendimentos de energias renováveis. Os resultados obtidos foram processados no sistema de informações geográficas com o software livre e gratuito QGIS e posteriormente demonstrados através de mapas. O estudo concluiu que a criação da Área de Proteção Ambiental Dunas do Rosado apresentou limitações no processo de concepção, tais como concentração seletiva de reuniões na comunidade do Rosado, em Porto do Mangue, baixa participação de algumas comunidades, falha na disseminação de informação e longo período para criação legal dessa unidade, o que fez com que as comunidades não legitimassem a criação da Área Protegida. Foi possível observar, através das imagens de satélite, os impactos causados pelas usinas de energia solar e eólica. Foi notória a supressão da vegetação, dando espaço a torres eólicas e placas solares. Além disso, foi possível perceber a movimentação das dunas e os impactos positivos e negativos causados a estes ambientes
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    Patogenicidade e diversidade genética de isolados de Lasiodiplodia theobromae associados ao meloeiro
    (2022-01-31) Silva, Rosecleide Maia da; Holanda, Ioná Santos Araújo; Ambrósio, Márcia Michelle de Queiroz; Holanda, Ioná Santos Araújo; Ambrósio, Márcia Michelle de Queiroz; Holanda, Ioná Santos Araújo; Ambrósio, Márcia Michelle de Queiroz; Dantas, Ana Carolina de Assis; Negreiros, Andreia Mitsa Paiva
    A espécie Lasiodiplodia theobromae (Pat.) Griffon & Maubl. causadora de resinose e podridão de cancro, foi coletada em diferentes áreas produtoras de melão do Rio Grande do Norte, durante as safras de 2019 e 2020, caracterizando risco em potencial à cultura. Diante disso, os objetivos deste estudo foram avaliar a patogenicidade de isolados de L. theobromae de variedades comerciais de melão Amarelo e Cantaloupe, verificando sua interação como agente casual de podridão radicular em meloeiro e avaliar sua variabilidade genética. Na análise da patagenicidade, 10 isolados foram testados por meio dos métodos de palito tipo de “dente” e infestação de arroz colonizado com estruturas fúngicas em cultivar de melão do tipo Goldex Yellow. Foram avaliadas incidência e a severidade da doença. Todos os isolados apresentaram sintomas e causaram doença, em ambos os métodos. Entretanto, houve variação entre a agressividade manifestada. O isolado LT 03 se mostrou mais agressivo pelo método do palito, e o isolado LT 10, mais agressivo, produzindo tombamento pré-emergencial pelo método do arroz. Em ambos os métodos, o isolado LT 08, foi menos agressivo. O fungo foi reisolado com sucesso das lesões de plantas com sintomas nos dois ensaios, confirmando os postulados de Robert Koch. A espécie foi identificada por meio de análise de sequenciamento do DNA. Para análise de diversidade genética, os isolados foram submetidos a técnicas moleculares utilizando 13 marcadores de DNA do tipo Inter Simple Sequence Repeat (ISSR) e 13 marcadores Random Amplified Polymorphic DNA (RAPD). Ambos os marcadores mostraram eficacia na avaliação da similaridade genética dos isolados, com valores da correlação cofenética de r=0,95 e 0,96, respectivamente. O coeficiente de similaridade de Jaccard variou de 0,056 a 0,80 entre os isolados, indicando alta variabilidade genética intraespecífica. A análise do dendograma gerado pelo método UPGMA produziu uma distribuição em cinco grupos. As maiores distâncias geneticas foram verificadas entre os isolados LT 01 e LT 08, com 86% de distância, e 83% entre os isolados LT 08 e LT 10, respectivamente. A construção da árvore filogenética permitiu verificar que todos os isolados ficaram no clado de L. theobromae, pertecendo a uma única espécie.Os resultados desse estudo fornecem informações importantes aos produtores mundiais de melão, podendo auxiliar no desenvolvimento de métodos de controle ao Lasiodiplodia theobromae, uma vez que não se há conhecimento sobre esse fitopatógeno atuando diretamente como causador de podridão radicular em meloeiro no Brasil
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    Potencial fisiológico de sementes de pepino (Cucumis sativus L.) revestidas com fécula de mandioca, gelatina e quitosana
    (2022-01-31) Assis, Mariza Cláudia Pinheiro de; Leite, Ricardo Henrique de Lima; Benedito, Clarisse Pereira; Leite, Ricardo Henrique de Lima; Benedito, Clarisse Pereira; Leite, Ricardo Henrique de Lima; Almeida, José Gustavo Lima de; Oliveira, Thiago Azevedo de
    A aplicação de revestimentos é uma das técnicas que mais vem sendo utilizada para potencializar o desempenho germinativo e o estabelecimento de plantas em campo. Os biopolímeros tem sido cada vez mais estudados no desenvolvimento desses revestimentos, devido suas propriedades de biodegradabilidade, biocompatibilidade, ação microbiana, rápida absorção e retenção de água. O objetivo deste trabalho foi produzir revestimentos para sementes de pepino a partir de polímeros naturais e determinar suas propriedades de interação com a água (solubilidade, taxa de permeabilidade e absorção), propriedades mecânicas e a influência de cada polímero na germinação e vigor dessas sementes. Para isto, os tratamentos utilizados foram fécula de mandioca (F1), gelatina (F2), quitosana (F3), fécula de mandioca/gelatina (F4), fécula de mandioca/quitosana (F5), gelatina/quitosana (F6) e fécula de mandioca/gelatina/quitosana (F7). Foram analisadas as propriedades de solubilidade em água, taxa de permeação de vapor de água e absorção de água dos revestimentos e primeira contagem de germinação, números de plântulas normais e anormais, comprimentos do hipocótilo e de raiz, massa seca e microscopia eletrônica de varredura (MEV), para as sementes revestidas. Os resultados mostram que os filmes a base de gelatina apresentaram maiores valores para solubilidade (90,14 ± 0,94%), absorção de água (0,42 ± 0,03%) e resistência à tração (37,01 ± 4,07 MPa); já a quitosana apresentou maior percentual de alongamento (90,81 ± 2,54) e menor módulo de elasticidade (0,06 ± 0,03 MPa); enquanto os filmes de fécula de mandioca apresentaram maior módulo de elasticidade (3,9 ± 0,19 MPa). Quanto à germinação das sementes o biopolímero mais eficaz foi a gelatina com maior índice de germinação, enquanto o revestimento a base de quitosana prejudicou a germinação das sementes. Observou-se através de micrografias (MEV) que o revestimento a base de gelatina não fechou os poros do tegumento das sementes, o que ocorreu com o revestimento de quitosana