Adubações silicatadas em mudas de umbu-cajazeira (Spondias sp.) Irrigadas com águas salinas

Data
2022-02-23
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Resumo

A salinidade é um dos estresses abióticos que mais limitam a produção agrícola, sendo este problema mais severo nas regiões áridas e semiáridas. Em virtude disso, algumas práticas podem ser adotadas para amenizar os efeitos deletérios da salinidade sobre o crescimento e desenvolvimento das plantas nessas regiões, como a utilização da adubação com silício. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da adubação silicatada em mudas de umbu-cajazeira, irrigadas com águas salinas. O experimento foi conduzido em casa de vegetação localizada no setor de produção de mudas do Departamento de Ciências Agronômicas e Florestais da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), campus Mossoró, RN. O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado, com cinco tratamentos (T1: CEa 0,5 dS m-1 (Testemunha); T2: CEa 3,5 dS m-1 ; T3: CEa 3,5 dS m-1 + 3,5 g de CaSiO3 (via solo); T4: CEa 3,5 dS m-1 + 2,2 mL L-1 de K2SiO3 (via foliar) e T5: CEa 3,5 dS m-1+ 3,5 g de CaSiO3 (via solo) + 2,2 mL L-1 de K2SiO3 (via foliar)) e oito repetições, totalizando 40 unidades experimentais. As mudas foram avaliadas quanto ao crescimento, acúmulo de biomassa, índice de tolerância à salinidade, trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, pigmentos fotossintéticos e nutrição do tecido foliar. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância, teste F (p ≤ 0,05) e as médias dos tratamentos comparadas pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05) no programa estatístico SISVAR. A aplicação da adubação silicatada, no geral, não atenuou a salinidade nas mudas de umbu-cajazeira, mas as mudas que receberam fornecimento de silício na forma de silicato de cálcio apresentaram porcentagem de sobrevivência de folhas, teor de carotenoide e fluorescência inicial semelhantes à testemunha. As variáveis clorofila b e florescência da clorofila a, exceto florescência inicial e a máxima eficiência quântica do fotossistema II não foram influenciadas pela salinidade. Quanto ao critério de avaliação de tolerância à salinidade, as mudas de umbu-cajazeira se apresentaram sensíveis à salinidade. A adubação silicatada atenuou a absorção de sódio, mas não suficiente para melhorar as variáveis de crescimento e fisiológicas. Portanto, as adubações com silício à base de silicato de cálcio via solo e silicato de potássio via foliar não mitigaram os efeitos deletérios da salinidade nas plantas de umbu-cajazeira irrigadas com salinidade de 3,5 dS m-1


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