Benefícios agrobioeconômicos da densidade de plantio da alface consorciada com rabanete adubada organicamente
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Resumo
Nos cultivos consorciados entre hortaliças, os maiores desafios encontrados são os manejos corretos de técnicas como adubação e densidade de plantio. Quando bem manejadas, essas técnicas proporcionam vantagens agroeconômicas satisfatórias em sistemas consorciados. O objetivo deste estudo foi avaliar os benefícios e os retornos agrobioeconômicos que o consórcio de rabanete com alface pode proporcionar em diferentes quantidades equitativas de biomassa de jitirana (Merremia aegyptia) e flor-de-seda (Calotropis procera), em diversas densidades populacionais de alface em ambiente semiárido em dois anos de cultivo. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 4 x 4, com quatro repetições. O primeiro fator deste esquema consistiu de quantidades equitativas de biomassa de M. aegyptia e C. procera nas doses de 20, 35, 50 e 65 t ha -1 em base seca, e o segundo, de densidades populacionais de alface de 150, 200, 250 e 300 mil plantas ha1 . A produção e seus componentes do rabanete e da alface foram avaliados, além dos indicadores agrobioeconômicos como vantagem do consórcio (VC), índice de eficiencia produtiva (IEP), escore da variável canônica (Z), índices de superação das culturas (ISr e ISa), razão competitiva (RC), perda de rendimento real (PRR), renda bruta (RB), renda líquida (RL), taxa de retorno (TR) e índice de lucratividade (IL). A produtividade comercial máxima otimizada de raízes de rabanete no consórcio foi de 8,45 t ha-1 na combinação da quantidade de 20 t ha-1 biomassa das espécies e densidade de 300 mil plantas ha-1 da alface, ao passo que a produtividade máxima de folhas da alface otimizada em consórcio foi de 17,72 t ha-1 , na combinação de 65 t ha-1 e densidade de 300mil plantas ha-1. Os maiores retornos agrobioeconômicos obtidos no consórcio de rabanete com alface foram de: 2,25, 8,03, 3,00, 2,40, 95.456,62 e 52.270,48 R$ ha-1 , respectivamente, para RET, VC, Z, PRR, RB e RL na quantidade de 65 t ha-1 e densidade de 300 mil plantas ha-1 ; de 0,96 no IEP e 2,61 para RC na quantidade de 65 t ha-1 e densidade de 150 mil plantas ha-1 ; de 1,09, 2,43 reais por cada real investido e 60,27% para ISr, TR e IL na quantidade de 20 t ha-1 e densidades de alface de 252 e 300 mil planta ha-1 e de -0,16 para ISa na quantidade de 65 t ha-1e densidade de 150 mil plantas ha-1. A utilização de espécies do bioma Caatinga como adubos verdes é uma técnica viável que promove ganhos na produção de hortaliças em condições semiáridas